Não nos ensinam a acreditarmos em nós próprias e parece que somos a última coisa em que pensar, quando na realidade somos o motor de tudo.
Graças ao fato dos nossos sonhos se tornarem realidade, acabas por realizar também os sonhos de muitas outras pessoas.
Se Steve Jobs ou Bill Gates não tivessem acreditado nos seus sonhos, certamente hoje eu não poderia acreditar nos meus e não poderia estar aqui a escrever este artigo no meu computador.
Imagina o impacto no mundo por acreditares em ti e nos teus sonhos.
Acreditares em ti mesma é complicado, porque não somos ensinadas a fazê-lo.
Acabamos por viver como máquinas que produzem os sonhos de outras pessoas, entorpecidas, frustradas e resignadas. No final, acabamos a pensar que não somos tão importantes quanto ter e realizar os nossos sonhos.
Deixa-me dizer-te uma coisa; SIM, tu és importante e SIM, o mundo precisa de ti.
É necessária a tua contribuição para continuares a avançar.
Temos colocado as necessidades emocionais e espirituais de lado por muito tempo e é hora de mudarmos esta situação.
Se começares a acreditar em ti mesma, a conectares-te com quem realmente és e a ofereceres ao mundo todo o teu potencial, certamente essa contribuição fará com que outras pessoas se contagiem e sigam o seu caminho.
Isto tem que ser uma roda imparável que nos muda a todos e que humaniza a sociedade.
Trago-te 7 passos que usei comigo mesma, e uso com as minhas clientes, para a conexão com a nossa essência:
Quem és tu e o que queres da vida?
Já te perguntaste o que vieste fazer a este mundo? Qual é a tua missão?
Todos nós temos uma missão e viemos contribuir com algo para nós mesmos e para os outros. Descobrires qual é a tua missão de vida é necessário para que tudo faça sentido.
Sei que muitas vezes te perguntas o que podes fazer da vida e não sabes bem a resposta.
Podes estar imersa num mar de dúvidas e incertezas em relação ao qual podes pensar que é impossível sair; mas se mergulhares um pouco dentro de ti, encontrarás as respostas.
Posso dizer-te que me coloquei duas questões para descobrir qual era minha missão de vida. A partir das respostas que obtive, decidi começar o meu negócio e dedicar-me ao mentoring e coaching:
1. Se eu tivesse muito dinheiro, o que faria gratuitamente? Ajude outras pessoas a encontrar e se reconectar.
2. Que tipo de livros leio constantemente e nunca me canso de ler? As resposta foram livros de psicologia, autoajuda, neurociência, coaching, PNL, etc … Qualquer livro que tenha a ver com crescimento pessoal; na verdade, eu lia muito este tipo de livros.
Amas-te?
Outro aspecto muito importante é o amor-próprio. Esperamos que todos ao nosso redor nos amem incondicionalmente, sem nos julgar – mas a verdade, é que, muitas vezes, somos as primeiras a não nos amarmos ou aceitarmos.
Portanto, é difícil acreditares em ti mesma. Primeiro, tens que começar a amar-te a ti mesma, amar-te de verdade.
E amares-te implica respeitares-te, aceitares-te, dares-te amor e apoio, amor incondicional e realmente acreditares que mereces tudo o que tens e queres.
Muitas vezes tratamo-nos muito mal, não nos damos apoio, somos muito exigentes connosco, não nos valorizamos, não acreditamos que somos capazes de realizar os nossos sonhos e não nos permitimos brilhar.
Isto, sem falar no diálogo interno punitivo que temos, que prejudica a autoestima e não nos permite sentirmos esse amor-próprio.
No dia em que comecei a amar-me de verdade, fiquei em frente ao espelho e disse a mim mesma que, daquele dia em diante, iria amar-me e aceitar-me, sem condições e sem comparações.
E este compromisso foi o pacto comigo mesma e que me ajudou a amar-me.
Quero contar-te algumas vantagens de olhares nos teus olhos, para que possas aprender a olhar para ti mesma e amares-te. Afinal, teres uma boa autoestima é uma questão de prática e de saberes o que é mais eficaz.
Confia em ti
Achas que tudo o que te acontece é uma porcaria e que não tens responsabilidade nisso?
Se pensas que a vida é injusta contigo e que não podes confiar em nada nem em ninguém porque nada funciona, deixa-me dizer-te o seguinte:
Tudo, absolutamente tudo o que te acontece é por alguma razão. Só que, muitas vezes incomoda-nos tanto ver e assumir a responsabilidade, que preferimos escolher sermos a vítima, para evitar o compromisso connosco mesmas.
Os teus obstáculos: as crenças que te limitam
Na vida, às vezes pensas em fazer coisas novas e deparas-te com obstáculos que não tinhas visto antes, certo?
Fica ciente das tuas crenças limitantes
Temos muitas crenças limitantes que não nos ajudam a conseguir o que queremos. Ao invés disso, estas crenças bloqueiam-te e fazem-te sentir inútil para criares o teu próprio caminho.
Muitas vezes, temos consciência de que estas crenças não são nossas e estão relacionadas com o que vivemos e nos incutiram quando éramos crianças e na adolescência, mas não sabemos muito bem como nos livrarmos delas.
Por exemplo, se quando eras criança te disseram que eras preguiçosa, talvez ainda penses que o és, embora provavelmente não o sejas, ou que o foste noutra época.
Essa crença de “sou preguiçosa” não te vai ajudar, caso precises fazer algo em que tenhas de ser proativa. Isso limita-te.
Por isso é que é melhor que revejas todas as crenças que tens e identifiques se são ou não limitantes, neste momento, para ti.
Bom, chegou o momento de romperes com este vínculo limitador e voares.
Cada vez que disseres “Eu acho …”, cuidado! Existe uma crença aí e talvez possa ser limitante.
A palavra “Eu acredito” é um sinal, presta atenção a isso.
Perguntas para desconstruir crenças
Aqui estão algumas perguntas que podes fazer a ti mesma ao detetares uma crença limitante, para desbloqueá-la:
- Escolheste essa crença?
- De onde vem?
- Como é que isso te limita?
- Para que serviu essa crença?
- Como te sentes em relação a essa crença?
- Por que crença fortalecedora poderias alterá-la?
Com estas perguntas, podes reverter essa crença que te está a prender e, ao invés, fortaleceres-te.
Usando o exemplo anterior de crença limitante: “Eu sou preguiçosa”, dou um exemplo do processo:
- Escolheste essa crença? “Eu sou dispersa”
- De onde vem? “De quando eu era pequena, foram os meus pais que me disseram”
- Como isso te limita? “Quero fazer amigos ou começar o meu negócio e acho que não tenho força de vontade.”
- Para que serviu essa crença? “Serviu para me poupar de fazer os deveres de casa e me justificar por não tê-los feito.”
- Como te sentes em relação a isso? “Sinto-me sem energia.”
- Por qual crença fortalecedora poderias mudá-la? “Sou proativa e estou comprometida em conseguir o que desejo.”
A tua motivação: os teus valores
Assim como as tuas crenças, também os teus valores foram gerados ao longo da tua vida e foram escolhidos por ti.
Umas vezes escolheste-os conscientemente, outras de forma mais inconsciente, mas em todas as situações estes estão sempre ligados à tua identidade ou a quem pensas que és.
Os valores são uma ferramenta muito poderosa para te conheceres
Na verdade, se começares a investigar quais são os teus valores mais importantes, terás uma boa radiografia de ti mesma.
Poderias escrever numa folha, 10 coisas que te definem, coisas que fazem parte de ti. Coisas que consideras boas ou que consideras menos boas, aspectos que estão sempre contigo.
Aqui estão alguns exemplos desses valores: honestidade, força, coragem, iniciativa, preguiça, vitimização, bondade, submissão, etc. Não precisas pensar muito sobre isso, deixa-os aparecer de forma fluida.
Os teus valores são características pessoais e podem ajudar-te muito a conheceres-te em profundidade, se os identificares.
Todos nós temos valores que nos fortalecem e outros que nos enfraquecem: como as crenças, por exemplo.
Faz uso daqueles que te podem orientar a iniciares a tua mudança e revê aqueles que não te levam a lado nenhum e que não fazem de ti uma pessoa melhor.
Além dos teus valores, existe outra maneira muito útil de acederes a ti mesma: a escrita emocional.
Escrever e deixares-te levar enquanto o fazes liga-te diretamente ao teu EU mais profundo; portanto, também podes usar esta ferramenta para aprenderes mais sobre ti.
Toma uma atitude: o que fazer?
Agora tens muitas informações que, com certeza, já leste em diferentes sítios.
Certamente tens muitas ideias na cabeça e nem sabes por onde começar.
Sabes o que tens que fazer, mas talvez estejas com medo, te sintas insegura…
Não te preocupes, é normal sentires-te um pouco sobrecarregada no início e não saberes por onde começar.
Certamente, de todas as informações que tens, há algo em particular que chama mais a tua atenção do que as restantes, algo que realmente te conecta e que é um gatilho para ti.
O meu conselho é começares com isso.
Portanto, se sentires que o teu calcanhar de Aquiles são as emoções, olha mais profundamente para dentro de ti mesma, paras as tuas crenças limitantes ou o que quer que tenha sido acionado dentro de ti, começa já.