Tenho certeza que já conheces a Lei da Atração e sobre o fato de atrairmos aquilo que pensamos. Mas sabes de que forma as tuas crenças influenciam neste processo?
Ouvimos muitas frases como “somos o que pensamos”. O cerne da questão não está no que PENSAS sobre ti mesma ou sobre a vida, mas sim no que ACREDITAS. É no acreditar que a tua vida se transforma na tua realidade mental. Isto porque se existe uma pequena luz dentro da tua mente que tem esperança, que acredita num mundo melhor, que sabe que as coisas podem ser diferentes e que és capaz, só isto por si só já é importante para fornecer pelo menos um pouco de motivação e determinação para que possas realizar alguma mudança. Mas, se for o contrário, se não existir a crença de que algo é possível, não haverá então motivos para lutar, pois só lutamos por aquilo em que acreditamos.
As crenças moldam a nossa vida!
Nós somos feitas de crenças. Desde que nascemos somos “ensinadas” de acordo com as crenças dos nossos pais, dos nossos professores e de todas as pessoas próximas a nós. Isto começa a moldar a nossa mente e a criar um “mix de crenças” que começam a estruturar a nossa vida.
Muitas dessas crenças são o que chamamos de “crenças limitantes”. Como o nome sugere, são crenças que limitam o nosso progresso.
É fácil perceber quais são as crenças limitantes mais enraizadas na nossa mente. Normalmente são aquelas frases que ecoam no nosso cérebro e que possivelmente ouvimos muito na nossa infância, como:
“Sou muito velha para isso”
“Nunca vou conseguir dinheiro suficiente” ou “não tenho dinheiro para nada”
“Não é possível viver do que se ama”
“Eu não sou capaz”
“As coisas nunca me correm bem”
“Tudo tem que ser perfeito”
“A felicidade dura pouco”
“O dinheiro é a raiz de todos os males” ou “Dinheiro é sujo”
“Não há dinheiro o suficiente”
Eu poderia dar muitos mais exemplos de crenças limitantes que estão presentes nas nossas vidas. O fato das pessoas acreditarem nestas frases faz com que não tenham motivos para fazer o contrário, já que, segundo as suas crenças, o contrário não é real e nunca acontecerá.
Pensar X Acreditar
Pensar, todos pensam. Não existe um consenso geral sobre a quantidade de pensamentos que temos por dia. Alguns cientistas estimam que temos entre 12.000 e 70.000 pensamentos diariamente, outros entre 25.000 e 50.000. Não importa quantos mil pensamentos temos por dia. O que importa é que a maioria surge de forma espontânea e não necessariamente deve pertencer a nós mesmas.
Quer queiras, quer não, a tua mente criará novos pensamentos sem a tua permissão. Visualizações que não queres ver, lembranças que não queres ter, julgamentos que não queres fazer. Não tens controlo sobre isso. Mas isto não precisa de ser o fim do mundo.
Quanto mais lutares com este fato, que é o que é, mais estarás a fornecer energia a estes pensamentos, fazendo com que eles continuem a aparecer cada vez com maior intensidade e frequência.
Aí entra a separação do que pensas e do que a TUA MENTE pensa. Não precisas de te identificar com os pensamentos que não condizem com aquilo em que acreditas, e não deves acreditar em tudo que tua mente pensa. Se acreditares em tudo que a esta ‘diz’, infelizmente, isto moldará a tua realidade.
O que fazer?
Primeiro, é importante identificar quais são as crenças limitantes presentes na tua vida. Quais são os pensamentos que ecoam na tua mente? Quais são as frases que mais repetes, principalmente quando queres justificar alguma coisa que não foi feita ou cumprida?
Depois, questiona. No momento que surgirem estes pensamentos, questiona-os imediatamente. Duvida da tua mente.
Por quê?
Por que é que penso isto?
Por que acho que é assim?
E se não for?
Como poderia ser a minha vida se eu acreditasse no contrário?
Este pensamento prejudica-me ou ajuda-me?
Após fazeres o questionamento, afirma exatamente o oposto. Afirma e afirma até que isto substitua a crença anterior, transformando-a numa crença fortalecedora.
Podes escolher que crenças queres ter: limitantes ou fortalecedoras. A escolha será sempre tua. O que escolhes?
A nossa realidade começa na nossa mente…
Para concluir este artigo, reforço a ideia de que tudo começa na nossa mente. Vê este exemplo:
“A Ana acorda todos os dias às 7h da manhã, faz tudo rápido para estar às 9h no trabalho. Todo o tempo que lá está, que é cercada de problemas, discussões e stress, a Ana só pensa em como ela gostaria de não ali estar. Com estes pensamentos, a Ana também pensa em como tudo é difícil, como as mudanças não são reais, que ela não é capaz que conseguir coisas novas e melhores, que é difícil conseguir outro trabalho, que deve permanecer ali, mesmo que isto lhe traga constantemente tristeza e insatisfação. Por acreditar que as mudanças não são possíveis e que ela não é capaz de arranjar outro trabalho, ela não tem motivação para fazer coisas novas. Então, no término do trabalho, a Ana vai para casa às 18h, faz as suas tarefas habituais, vai dormir e acorda todos os dias às 7h da manhã.”
Neste exemplo, a Ana não acredita que mudanças são possíveis, acredita que tudo é difícil e isto gera um sentimento de que “não vale a pena tentar”.
Agora vê este exemplo abaixo:
“Ana acorda todos os dias às 7h da manhã, faz tudo rápido para estar às 9h no trabalho. Sempre que lá está, é cercada de problemas, discussões e stress, a Ana só pensa em como gostaria de não estar ali. Apesar de surgirem pensamentos como “tudo é difícil”, “as coisas não mudam” e “não sou capaz”, Ana escolhe não dar atenção a estas frases e decide provar o contrário a si mesma, afirmando “SE EU TENTAR EU CONSIGO”, “EU SOU, SIM, CAPAZ”, “PARA AS COISAS MUDAREM, EU TENHO QUE MUDAR”. Então, Ana vai para a casa às 18h, começa a fazer um esquema do que deve ser feito, que estratégias deverá utilizar e começa a pôr em prática o seu plano. Apesar de já ter passado do horário em que costuma ir dormir, a motivação é tanta que Ana nem sequer se sente cansada. No dia seguinte, acorda às 6h da manhã, volta a trabalhar nos seus planos com tempo suficiente para estar às 9h no trabalho. Ana está a planear a sua nova vida com foco, determinação e, principalmente, com novos pensamentos e novas crenças fortalecedoras.”
Neste segundo exemplo, Ana decidiu que era mais forte do que os pensamentos tóxicos da sua mente. Decidiu que era a hora da mudança e começou a ser a sua própria amiga, criando para si novas crenças que a motivassem e que a fizessem seguir em frente.
Se acreditas que a vida é difícil, ela será difícil, pois nunca conseguirás ver a facilidade.
Se acreditas que o dinheiro é algo mau, nunca serás capaz de o ver como uma coisa boa.
Se acreditas que coisas boas não acontecem contigo, nunca serás capaz de perceber quando acontece algo de bom.
O que vês e o que acreditas, transforma-se na tua realidade.
Sê mais tua amiga. Cria para ti novas crenças fortalecedoras! Queres mudar a tua vida? Começa por mudar as tuas crenças!