
Se nunca sofreste um fracasso, então provavelmente não estás a explorar todo o teu potencial.
Percebo que a maioria das pessoas não falam abertamente sobre as suas falhas e fracassos. As pessoas gostam, é claro, de contar os seus sucessos e conquistas. As pessoas falam sobre os negócios que correram bem, as férias incríveis, os bons momentos em família. Não falam sobre outras situações em que trabalharam durante meses e, talvez, anos, para fazer com que um negócio comece a resultar. Mas o fracasso é natural, faz parte da vida.
As pessoas escondem o fracasso e, muitas vezes, escondem o trabalho árduo por trás de um grande sucesso. Vivemos num mundo rápido e efémero. É necessário começar a encarar as falhas e falar abertamente sobre histórias de fracasso. Este ato pode ser um catalisador de sucessos futuros.
Falhar não significa que não tenhas competência, ou que nunca vais conseguir as coisas que desejas. Quando usamos a autocrítica exagerada, diminuímos o nosso valor inerente e, consequentemente, desviamos a nossa atenção apenas para a falha, ao invés de nos focarmos na oportunidade de percebermos onde erramos ou o que correu menos bem e como podemos melhorar.
Quando nos sentimos fracassadas, ainda que tudo tenha saído diferente do que idealizamos, procura com calma; vais ver que apesar de tudo, irás encontrar motivos para agradecer.
As perdas tornam-nos pessoas mais completas. Mas como podemos aprender com as perdas e sairmos fortalecidas?
Para mim a atitude da aceitação é o segredo para que a dor natural destas perdas não se transforme num sofrimento contínuo e prolongado, que nos fará entrar num estado de desadaptação.
Muitas pessoas confundem aceitação com passividade. Aceitação tem a ver com a compreensão que as coisas são como são (em nós, nos outros, no mundo). A partir daí, se houver alguma ação necessária, esta virá desta atitude, que abre espaço, que acolhe, que acomoda.
Ao cultivar a aceitação, podemos, conscientemente, decidir como empregar o nosso tempo e energia, tomando atitudes mais sábias, coerentes e proporcionais.
Claro que nem tudo o que aprendemos com a perda de alguém ou de alguma coisa é positivo. É preciso termos consciência que precisamos aprender com a parte negativa. Quando falhamos, o sentimento pode oscilar entre o desânimo e o querer desistir, dependendo da gravidade da experiência.
O problema é que tu és a tua pior inimiga, estás sempre disposta a reconhecer as conquistas dos outros e nunca te sentes digna dos teus próprios aplausos. Aos teus olhos, não fizeste o suficiente, e é neste ponto que deixas de exercitar a empatia, a paciência e a compaixão, primeiramente, contigo mesma. Uma ótima estratégia para saíres do estado emocional negativo decorrente do fracasso é relembrares-te de algumas situações passadas em que foste bem-sucedida e corajosa.
Talvez tenhas tido uma nota boa na faculdade, ou conseguiste perder peso, ou aprendeste a tocar um instrumento musical, ou melhoraste o teu relacionamento com o teu parceiro.
Experimenta escrever uma lista dos teus sucessos, coisas que realizaste ao longo dos últimos anos, sejam grandes ou pequenas. Se tens a tua confiança diminuída, revê a tua lista de sucessos frequentemente.
Experimenta começares a dialogar contigo mesma, experimenta perceberes como funcionam as tuas emoções e a desapegares-te dos teus pensamentos e emoções negativas, porque existe uma nova forma de olhares os velhos problemas. Quando começas a perceber que não somos os nossos problemas, nem os nossos medos e dificuldades, começamos a colocarmo-nos num outro nível, ficamos numa posição de encontrar novos caminhos e soluções que dependam de nós e da nossa consciência. Isto é muito libertador. Experimenta!!
Valoriza as tuas Histórias de Coragem!!